25.4.15

Liberdade


Craveiro

Permitam-me que cresça em cada canto
Numa esquina qualquer da cidade
Um punhado de cravos em manto
Como se se deitasse, ali, a liberdade.

Não teçam os cravos entre eles.
Não deixem que se coliguem forçosamente.
Se à liberdade são dados aqueles,
Juntem antes as rosas de vermelho quente.

Permitam-me que lance um cravo ainda
Ao rio que cruza as terras que passa,
E que leve a outras margens onde o mar finda
A liberdade onde a mesma não se abraça.

Pudesse eu ter de cravos um mundo inteiro
E faria, sem dúvida, um mundo perfeito.
Enquanto não tiver terra para o meu craveiro,
Deixo-o, pelo menos, vingar-se no meu peito!

Bruno Torrão

21.4.15

Redes (as)sociais

É quase que inevitável! Hoje elas estão por todo o lado e chegam a toda (ou quase toda) a gente. Desde o facebook ao g+, instagram, foursquare, badoo, linkedin, entre outras centenas, quiçá, menos representativas ou mais focalizadas a aspectos profissionais, culturais ou sociais, muito mais relativas à sexualidade ou à etnologia.

O engraçado é que, dia após dia, toda a gente se queixa dessas mesmas redes sociais e há, até, estudos que são feitos a comprovar que alteram o nosso cérebro, (http://www.dinheirovivo.pt/videos/default.aspx?content_id=4523448&section=buzz). Porém, esta notícia, foi-me dada a conhecer através duma rede social, a mesma que tem vindo a espalhar os anúncios da Sagres e da Super Bock, onde somos incitados a deixar as redes em casa e socializar ao vivo.

Isto faz-me lembrar uma música dos Da Weasel nos anos 90, Todagente, onde se retrata o facto de toda a gente criticar tudo, porém a acção fica-se pela "mesa do café", embora nos dias que hoje correm, estas acções estatificam-se nos post do facebook.


19.4.15

Poemário

Há uns 4 ou 5 anos (não me recordo bem) estive em Madrid na altura do 21 de Março, data da celebração do dia mundial da Poesia, e achei fenomenal a forma como os madrilenos a festejaram. No vasto e concorrido metro, do nada e no meio de toda aquela gente, alguém lia um poema. Chamavam-lhe, ao evento, "Nin un día sin poesía", e durante uma semana ia acontecendo isto! A poesia, aleatoriamente, dita a todos durante uma semana. E tanto que fiquei a sonhar com algo semelhante a fazer-se aqui, em Portugal!

Esta página que descobri há escassos dias tem, pelo pouco que ainda conheço, esse intuito, de dar poesia a cada dia. E qual o meu espanto quando vejo que o poema de hoje foi escrito por mim! Não, não é a primeira vez que um poema meu é publicado no facebook mas, talvez por haver esta ligação entre a génese do Poemário (a tal página) e a ideia que vi acontecer em Madrid, me dê esta alegria!

O poema escolhido foi o "Porta de entrada", publicado no Viajantes e que o sei muito ao gosto de muita gente!

Sigam o link e fiquem a conhecer o poema (ou a relembrar) e a conhecer o Poemário!
https://www.facebook.com/pages/Poem%C3%A1rio/941065615923479?fref=nf

17.4.15

Poesia

Já muitos conhecem, nem que seja de nome, o Povo Lisboa, um estabelecimento que é café/bar/restaurante e que, de tempos a tempos, vai organizando tertúlias de poesia, concertos de fado, espectáculos de índoles diversas.

Segunda-feira, dia 20, devido à aproximação das comemorações do 25 de Abril, será uma noite dedicada à Revolução dos Cravos. Apareçam por lá a partir das 22h00 e levem os vossos textos revolucionários!

Atenção Porto!

Hoje é sexta-feira, dia de Happy Hour na livraria POETRIA, na Rua das Oliveiras, no Porto!

Entre as 18h e as 21h, poderão encontrar nesta fantástica loja, livros soberbos com 40% de desconto!

Sigam a página no facebook e fiquem a par de todas as novidades!

15.4.15

Viajantes

Se o primeiro post é sempre complicado de escrever, o segundo não é mais fácil, quando a ideia é escrever sobre tudo em geral, sem que os assuntos acabem por seguir tendências.
Uma coisa é certa, preparem-se para ler sobre muita poesia! Aprendi a ler com livros de geografia e de poesia e, acredito, que isso me tenha moldado os gostos. Aos oito anos recebia elogios da professora da primária pelas (infantis, claro) quadras. Aos 12 vi o meu nome espelhado pela escola no fim duns poemas que o jornal da escola decidiu publicar. Hoje em dia já tenho, na estante, o meu nome em três livros, que se juntam a quase cinquenta livros de diversos poetas.

O que mais me orgulha da sua existência é, obviamente, o Viajantes, por ser um livro que considero que criei, embora seja co-autor e da ideia ter surgido da vontade do Daniel Costa-Lourenço, um poeta amigo de já longa data, em lançarmos um livro em conjunto. A temática seria Lisboa!

Como é sabido, Lisboa já tem muitos poemas a falar sobre ela! Embora nunca seja demais elogiar a Cidade Branca, poderíamos ter caído na repetição e no cansaço que esta, bem ou mal, obriga! A solução foi facilmente encontrada; dar a conhecer a Lisboa escondida, aquela que, sem recorrer à descrição, se encontra descrita em cada palavra, cada verso, cada sentimento que a cidade incute em cada um dos poetas ao seu serviço, como referido pelo Daniel no vídeo de apresentação da obra, "Lisboa será apenas o cenário de dois viajantes que não sabemos se são estranhos à cidade ou entre si, se são habitantes ou em passagem, mas tomam a cidade como sua, conhecendo-lhe desta forma os personagens por formas diversas, por tempos diversos, focando os mesmos sentimentos, os mesmos lugares, as mesmas pessoas".

De forma a tornar esta obra única, decidimos convidar a Marta Cruz, com quem já havíamos trabalhado nos Spoken Words, para dar imagem ao que já estava escrito. Depois do fantástico trabalho da nossa editora, a Livros de Ontem, surgiu este menino lindo que já se encontra na segunda edição e que se encontra à venda no site da editora.
Claro que poderão seguir todas as novidades sobre o Viajantes através da página no facebook!

Carta de apresentação

Car@s abrigados,

Declara-se, por esta forma, inaugurado o meu novo espaço na vasta e infinita internet!

Decidi voltar às lides bloguistas! Vai ser uma carga de trabalhos se me quiser, finalmente, dedicar a escrever para o público, como já fiz, há tempos idos, no Desp@chos - versão on line onde, entre 2004 e 2009, fui escrevendo sobre o que na real gana me apetecia! O blog era pessoal, sem nenhum assunto específico e é o que pretendo atribuir a este novo espaço.

Perguntam-se, possivelmente, por que razão não continuar a usar o Desp@chos. Para quê criar um blog novo se já há tantos do género? Pois bem, eu perguntei-me sobre essas mesmas questões e, estranhamente, até obtive respostas que posso considerar justificativas!
O Desp@chos já está muito despido, desorganizado, perdido. Continuará online pois, ainda assim, mantém muitos textos que, ao longo dos seus cinco anos de vida, fazem parte da minha história. E o layout já está pouco ou nada atractivo devido aos upgardes que nunca foram feitos e que, se eu quisesse voltar a pegar no Desp@chos, dar-me-iam muito mais trabalho que a criar um novo blog! E ei-lo!

Objectivos? 
Exprimir ideias, enquanto estas sejam gratuitas! Dar opiniões, enquanto sejam livres! Atrair leitores, enquanto estes existam! Podem não ser muitos. Podem não ser poucos. Interessa é que haja leitura!